Hoje em dia a Gestão de Saúde é um grande desafio, sobretudo no atual
cenário em que a grande parte dos modelos de atenção à saúde não é
sustentável. A preocupação com os custos torna-se primordial, ainda mais
com os escassos investimentos no setor. Para gerenciar as ações de
saúde é preciso ter um extenso conjunto de competências e habilidades.
Destaco, a seguir, as principais na minha visão.
O gestor de saúde
deve ter uma visão global - sistêmica e de longo prazo – dos processos e
negócios da organização. A comunicação é uma habilidade fundamental na
gestão e deve fruir de forma eficaz. A arte de negociação, o
gerenciamento de conflitos, o gerenciamento de mudanças, o gerenciamento
do tempo, o gerenciamento do estresse e a Gestão da Singularidade são
habilidades que o gestor precisa desenvolver e praticar perenemente em
seu cotidiano. O pensamento criativo associado ao uso do processo
decisório participativo, ao fomento de um ambiente produtivo de trabalho
e à liderança transformacional propiciam ao gestor o substrato
necessário para desempenhar o seu papel.
Além destas qualidades do
gestor, três competências merecem destaque: Governança, Compliance e
Engenharia de Processos. A Governança compreende os conhecimentos
relacionados com o sistema e a estrutura de gestão da organização. O
Compliance reúne as disciplinas para a conformidade com os aspectos
éticos e legais. A Engenharia de Processos alberga conceitos que
diminuem o retrabalho, reduzem os custos e aumentam a qualidade dos
resultados.
Ressalto que, na atualidade, são cruciais a
flexibilidade como forma de adaptação às mudanças impostas; a
humanização como método para o foco no usuário e na busca do melhor
atendimento; e a gestão das informações como fundamentação para a
melhoria da qualidade dos processos e dos resultados.
Diante de
tantas características, cabe ressaltar que o gestor deve ser forjado
adequadamente para empregá-las, que em nosso meio, rotineiramente,
ocorre já no exercício da gestão. Um gestor apropriadamente preparado
apresenta melhores condições para avaliar o conjunto formado pelo
cenário de saúde a ser enfrentado e a tecnologia requerida, afim de
tomar a decisão mais precisa que proporcione o melhor custo-benefício
para os usuários e para a instituição.
Nas próximas reflexões abordarei cada uma dessas competências e habilidades de forma mais específica e intensa...
O compliance também se refere ao cumprimento de normas internas, acredito que mais importante do que seguir as externas, uma vez que estas são estritamente burocráticas e não se relacionam estreitamente com a capacidade de organização de uma empresa...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário! Concordo com a sua colocação, o cumprimento das normas internas é imprescindível!
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